Por que os vidros quebram?
Entenda mais sobre estresse térmico

Você eventualmente poderá se deparar com um vidraça quebrada após a instalação da película. Este boletim foi preparado para ajudar você a...

1. Entender a causa provável da quebra do vidro;
2. Determinar o que você poderia ter feito para evitá-la; e
3. Discutir o problema com seu cliente.

Nas janelas, a quebra do vidro pode ocorrer por uma grande quantidade de fatores: flexibilidade e movimentação da estrutura do comércio ou residência, vento, impacto com outros objetos, granizo, estresse térmico, entre muitos outros. Como um instalador de películas, o mais importante é entender o fator estresse térmico. Um bom entendimento deste fator aumenta a facilidade de descoberta da causa específica ou, pelo menos, atenua a chance de quebra.

O vidro é um material que pode quebrar se for colocado num lugar com esforço suficiente. O esforço, ou estresse, é causado quando há uma força em ação sobre uma vidraça, num sentido em que tenta separar duas ou mais partes do vidro. O estresse térmico se refere ao aquecimento do vidro, o que faz algumas de suas partes dilatar, enquanto outras continuam mais frias. Este desequilíbrio entre as temperaturas do vidro é que causam o estresse térmico.

O estresse térmico ocorre mais ou menos como se você pegasse uma ponta de papel com cada mão e puxasse em direções opostas. Infelizmente, a força de vidros similares pode variar. Esta variação de vidro para vidro é causada por pequenas imperfeições que usualmente ocorrem nas bordas dos vidros, janelas e esquadrias. As imperfeições geralmente são criadas durante o corte do vidro.

Felizmente, as fraturas, quebras ou rachaduras dos vidros têm 3 tipos diferentes, o que nos permite identificar qual foi o tipo de fratura ocorrida. Assim, ficará mais fácil discutir o problema com seu cliente.

1. Por primeiro, as fraturas causadas pelo estresse térmico são iniciadas sempre nas bordas do vidro, nunca no meio. Elas têm sempre ângulos de 90º em relação à borda e à superfície do vidro.
2. As fraturas sempre seguem retas, por 2cm, ou no máximo 5cm, e só depois começam a fazer curvas. Infelizmente, a menos que o vidro seja retirado da esquadria, a borda não poderá ser vista (veja a figura 1).
3. O estresse térmico sempre se origina na parte central das bordas do vidro, ou seja, a fratura nunca se iniciará no canto. Portanto, se a fratura estiver como um espiral, ou em forma de T, com uma das pontas no canto do vidro e as outras duas sem chegar na borda do vidro, não é problema de estresse térmico (veja as figuras 2 e 3).

Se as fraturas obedecem os termos acima descritos, significa que devem ser fraturas térmicas. Se a vidraça é substancialmente enfraquecida por causa da borda, o reconhecimento é feito da seguinte forma:

• Se a qualidade do vidro é baixa, o trincado começará na borda e irá só até o meio do vidro, não encostando em mais nenhuma borda (veja a figura 4).
• Se a qualidade do vidro é menor do que o normal, o trincado vai de borda à borda, sem ramificações (veja a figura 5);
• Se o vidro é de boa qualidade, o trincado será em forma de Y, com todas as pontas ligadas às bordas (veja a figura 6).

Borda do vidro

Nas fraturas térmicas, as rachaduras seguem reto por 2 a 5cm, para só depois começar a fazer curvas.

Fratura não causada por estresse térmico.

Fratura não causada por estresse térmico.

Fratura térmica em vidro de baixa qualidade

Fratura térmica em vidro de qualidade regular

Fratura térmica em vidro de boa qualidade

Toda instalação deverá ser acompanhada de análise por parte da empresa instaladora para que se observe as condições do vidro já instalado, seja em esquadrias de alumínio, madeira ou ferro. Há orientações simples que ajudam a evitar problemas futuros.

Em áreas consideradas grandes (vidros com tamanhos fora do padrão de aproveitamento) há a necessidade de verificar as espessuras dos vidros e sua forma de corte, para que se indique a película apropriada.

O instalador que se deparar com qualquer dúvida com relação ao tipo de película que irá instalar deverá entrar em contato com a fábrica através do seu distribuidor, sempre com requerimento protocolado.

Nunca se deve instalar as películas da Linha Residencial ou Comercial em automóveis.